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Introdução: a febre de origem desconhecida (FOD) tem definições diferentes, dependendo do contexto. A definição clássica é: febre de 38,3 °C por >3 semanas que permanece não diagnosticada após uma série de estudos laboratoriais e de diagnóstico por imagem. Na abordagem de pacientes com malignidades hematológicas e febre de origem desconhecida, as apresentações de doenças raras devem ser consideradas como causas possíveis. Apresentação do caso: descrevemos o caso de uma mulher de 27 anos com um histórico de leucemia mielóide aguda que apresentou neutropenia febril após um curso de quimioterapia. A febre persistiu por várias semanas apesar do tratamento de germes isolados e descartando a atividade neoplásica. Após apresentar dor abdominal e icterícia, foi realizada uma ressonância magnética abdominal com resultados sugestivos de candidíase hepatoesplênica. A paciente começou o tratamento com fluconazol e prednisolona, o que resolveu seus sintomas. Um ano depois, a paciente ainda tem lesões hepáticas e continua seu tratamento. Conclussão: a candidíase hepatoesplênica é a forma mais comum de candidíase crônica disseminada. A presença de febre após a recuperação da neutropenia absoluta deve sempre levantar suspeitas de candidíase hepatoesplênica. O presente caso ilustra claramente a recomendação de orientar o trabalho de um paciente com FOD com base na apresentação de pistas de diagnóstico potenciais.

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