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Tem sido questionada a validade ecológica de expressões faciais estáticas e intensas no reconhecimento de emoções. Estudos recentes têm proposto o uso de estímulos faciais compatíveis com as condições naturais de interação social em que há movimento e variações na intensidade emocional. No presente estudo, foi comparado o reconhecimento de expressões faciais estáticas e dinâmicas de alegria, medo, raiva e tristeza, apresentadas em quatro intensidades emocionais (25 %, 50 %, 75 % e 100 %). Participaram do estudo 20 voluntários (9 mulheres e 11 homens), com idade variando entre 19 e 31 anos. O experimento foi composto por duas sessões, nas quais os participantes deveriam identificar a emoção de expressões faciais estáticas (fotografias) e dinâmicas (vídeos) apresentadas na tela do computador. As médias de acerto foram submetidas a uma Anova para medidas repetidas de modelo: 2 sexos x [2 condições x 4 expressões x 4 intensidades]. Foi observada uma vantagem para o reconhecimento das expressões dinâmicas de alegria e medo em comparação com as equivalentes estáticas (p < .05). A análise das interações mostrou que as expressões com intensidade de 25 % foram mais bem reconhecidas na condição dinâmica (p < .05). A adição do movimento contribui para melhorar o reconhecimento das emoções nos participantes do sexo masculino (p < .05). Concluí-se que o efeito do movimento varia em função do tipo da emoção, intensidade da expressão e sexo do participante. Tais resultados sustentam a hipótese de que estímulos dinâmicos possuem maior validade ecológica e adequação à pesquisa com emoções.

Nelson Torro Alves, Universidade Federal da Paraíba

Mestrado e Doutorado em Psicobiologia, Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto. Professor Adjunto do Departamento de Psicologia da Universidade Federal da Paraíba

Izabela Alves de Oliveira Bezerra, Universidade Federal da Paraíba

Estudante de Psicologia na Universidade Federal da Paraíba. Membro do Laboratório de Ciências Cognitivas e Percepção Humana – LACOP

Rianne Gomes Claudino, Universidade Federal da Paraíba

Estudante de Psicologia na Universidade Federal da Paraíba. Membro do Laboratório de Ciências Cognitivas e Percepção Humana – LACOP

Thobias Laurindo Pereira Cavalcanti, Universidade Federal da Paraíba

Estudante de Psicologia na Universidade Federal da Paraíba. Membro do Laboratório de Ciências Cognitivas e Percepção Humana – LACOP
Alves, N. T., Bezerra, I. A. de O., Claudino, R. G., & Cavalcanti, T. L. P. (2013). Reconhecimento de expressões faciais estáticas e dinâmicas: influências do sexo, tipo e intensidade da emoção. Avances En Psicología Latinoamericana , 31(1), 192–199. Recuperado de https://revistas.urosario.edu.co/index.php/apl/article/view/2412

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