O pensamento complexo diante das rupturas epistêmicas exigidas na gestão pública no século XXI

Pretende-se refletir sobre alguns motivos pelos quais a gestão pública permaneceu ancorada em paradigmas
questionáveis da ciência clássica, bem como ficou para trás diante dos grandes avanços da modernidade,
consolidados principalmente a partir da segunda metade do século XX pelas contribuições revolucionárias de tecnologia da informação (TIC), teoria de sistemas, biotecnologia, inteligência artificial, cibernética, ciência quântica
e pensamento relacional ou complexo, entre outros. Com efeito, atualmente a atuação do Estado não responde
eficazmente à sua missão em termos de oportunidade, relevância e impacto da sua gestão face às necessidades e
expectativas do cidadão, afetado diariamente pelas mudanças disruptivas e pela estagnação do desenvolvimento social, fato que, no que se aproxima do século XXI, mostra um aprofundamento do seu fosso de desigualdade. Para fins metodológicos, baseia-se nos diagnósticos críticos dos principais expoentes atuais do conhecimento administrativo público e que são confrontados com algumas estratégias propostas e que são movidos pelos desafios e constantes inovações que a gestão moderna exige. Esta jornada analítica e suas conclusões motivam a gerar maior consciência quanto ao aprimoramento da gestão pública.