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Este artigo apresenta dados empíricos de uma pesquisa qualitativa que aborda a saúde das mulheres em vivência de rua e as transversalidades no cuidado em saúde. A produção dos dados apoiou-se na observação participante em ruas de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, Brasil. A criação de campos culturais guiou a análise: relação com a(o) Outra(o) na rua; relações de gênero; e relação com os serviços de atenção à saúde. A interpretação das informações baseou-se em uma abordagem psicossocial e em autores que estudam a população em vivência de rua representam. A conclusão indicou que as mulheres observadas em vivência de uma população bastante diversa em suas características e complexa em suas necessidades, demandando cuidados que levem em conta uma variedade de transversalidades, especialmente aquelas que se referem às interações e relações estabelecidas nos meios onde vivem

Adriane Roso, UFSM

Psicóloga, Doutora em Psicologia. Professora no programa de Pós-Graduação em Psicologia, Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria.

Verônica Bem dos Santos, UFSM

Psicóloga, mestre em psicologia.
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