Conteúdo do artigo principal

Autores

A política pública dominante na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, em relação às favelas, du­rante as décadas de 1960 e 1970, foi a remoção, principalmente daquelas localizadas nas áreas nobres da cidade e com vistas mais privilegiadas. As remoções foram defendidas nos jornais, o cotidiano dessas comunidades foi investigado por meio de fotografias produzidas para jornais e analisadas pelas lentes de documentaristas, como Sérgio Péo. A investigação partiu do ques­tionamento sobre o papel que o turismo desempenhou no discurso que defendia a desocupação dessas favelas. O estudo foi realizado com recurso ao método indiciário, conforme proposto pelo historiador italiano Carlo Ginzburg, e apoiou-se em pesquisas realizadas nas áreas de es­tudo do Turismo, do Cinema e da História. Os resultados sugerem que o desenvolvimento do turismo na cidade integrou o discurso a favor da eliminação das favelas.

de Morais Bastos, D. (2023). Turismo e favelas na cidade do Rio de Janeiro nas décadas de 1960 e 1970: imagens turísticas e políticas de remoção. Territorios, 49(49-Esp.). https://doi.org/10.12804/revistas.urosario.edu.co/territorios/a.12794

Abreu, M. de A. (1988). A evolução urbana do Rio de Janeiro (2. ed). iplanrio.

Amoroso, M. H. de B. (2006). Nunca é tarde para ser feliz? A imagem da favela pelas lentes do Correio da Manhã [Dissertação de Mestrado, Universida¬de Federal Fluminense]. Repositório uff Institucional. http://app.uff.br/riuff/handle/1/24764

Amoroso, M. H. de B. (2012). Duas faces da mesma fotografia: atraso versus progresso na cobertura fotojornalística de favelas do Correio da Manhã. En M. A. da S. Mello & L. A. M da Silva, Favelas cariocas: ontem e hoje (pp. 191-212). Garamond.

Agache, A. (1930). Cidade do Rio de Janeiro: extensão, remodelação e embelezamento. Organizações projetadas pela administração Antônio Prado Júnior. Foyer Bresilien. http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_ obrasraras/or1355316/or1355316.pdf

Bastos, D. de M. (2022, 29 de agosto- 2 de septiembre). As comemorações do centenário da Independência do Brasil e o desaparecimento de atrativos turísticos da cidade do Rio de Janeiro [Presen¬tación de ponencia]. Congresso Internacional Independências do Brasil. https://www.independenciasdobrasil2022.anpuh.org/informativo/view?TIPO=2&ID_INFORMATIVO=62

Freire-Medeiros, B. (2009). Gringo na laje: produção, circulação e consumo da favela turística. Editora fgv.

Ginzburg, C. (1989). Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. Tradução: Federico Carotti. Companhia das Letras. Lellis-Mees, L. A. (2015). Espaços turísticos construídos no Complexo do Alemão por roteiros comerciais. ritur-Revista Iberoamericana de Turismo, 5, 43-53. https://www.seer.ufal.br/index.php/ritur/article/view/1672

Lellis-Mees, L. A. (2017). “Vem passear no teleférico, tira foto, leva pro internacional!”: políticas e práticas de turismo em um Alemão-Complexo [Tese de Doutorado, Universidade Federal Fluminense]. Repositorio Universidade Federal Fluminense. https://docplayer.com.br/90699611-Universidade-federal-fluminense-programa-de-pos-gradua¬cao-em-antropologia.html

Lellis-Mees, L. A. (2018). Reflexões sobre práticas de turismo a partir da realização de roteiros, em espaços turistificados de assentamentos informais: os casos do Complexo do Alemão (Rio de Janeiro, Brasil) e da Comuna 1 (Medellín, Colômbia). Revista Sinergia, 1(1), 119-142. http://sinergia.colmayor.edu.co/ojs/index.php/Re¬vistasinergia/article/view/16

Malta, E. (2018). Cidade e turismo: o valor de consumo da (contra)paisagem cultural carioca. Teoria e Cul-tura, 13(2), 323-337. https://doi.org/10.34019/2318-101X.2018. v13.12410

Misérias das favelas são nossas. (1961, 7 de julio). Correio da Manhã. Edição 20946. 1°. Caderno.

Moraes, C. M. dos S. (2017). Favelas ecológicas: passado, presente e futuro da favela turística [Tese de Doutorado, Centro de Pesquisa e documentação de História Contemporânea do Brasil – cpdoc]. fgv Repositório Digital. http://hdl.handle.net/10438/18364

Neto, S. (2014). “Rocinha 77” vs “Vida nova sem favela”: uma leitura axiográfica dos “documentários de favela”. Rebeca – Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, 3(1), 1-21.

Parks, G. (1961, 16 de junio). Freedom’s fearful foe: Poverty. Life Magazine. https://artsandculture.google.com/asset/freedom-s-fearful-foe-poverty-life-lifemagazine/PwGns¬BvQYgvS2w

Perlman, J. (1977). O mito da marginalidade: favelas e política no Rio de Janeiro. Paz e Terra.

Pestana, M. M. (2022). Remoção de favelas no Rio de Janeiro: empresários, estado e movimento de favelados – 1957-1973. Arquivo Nacional.

Péo, S. (Director). (1977). Rocinha 77. Sérgio Péo; Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Rodrigues, A. E. M. (2012). Lagoa Rodrigo de Freitas/RJ: história de uma ocupação desordenada. Oecologia Australis, 16(3), 339-353. https://revistas.ufrj.br/index.php/oa/article/viewFile/8215/6677

rjtv. (2017, 11 de septiembre). Folhetos distribuídos a turistas que chegam ao Rio não mostram favelas. Globo.com. https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/folhetos-distribuidos-a-turis¬tas-que-chegam-ao-rio-nao-mostram-favelas.ghtml

Schlegel, S., & Furtado, F. (2012, 15-18 de octubre). Um período decisivo na transformação urbana da Lagoa Rodrigo de Freitas: anos 1920 [Presen¬tación de ponencia]. Seminário de História da Cidade e do Urbanismo. http://xvishcu.arq.ufba.br/anais-xii-shcu/

Vala infecta cerca favela da Catacumba. (1964, 13 de agosto). Correio da Manhã. Edição 21889. 1°. Caderno. Coluna Gerico.

Valladares, L. do P. (1980). Passa-se uma casa: análise do programa de remoção de favelas do Rio de Janeiro. Zahar Editores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.