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O artigo apresenta os resultados de análises dos conteúdos das agências Lupa e Aos Fatos para pesquisar em que medida o confronto entre a circulação de desinformação na pandemia de Covid-19 e os procedimentos de verificação conduzem a mudanças de hábito em jornalistas, conforme proposta de Charles Peirce. Selecionamos as cinco checagens publicadas no Twitter e mais retuitadas, de cada agência, e observamos se consideram a origem da informação (robótica ou humana), como os aspectos qualitativos dos signos podem indicar diferentes origens e impactar o processo perceptivo, a presença dos valores-notícia e de critérios comerciais e políticos e como os diferentes signos desencadeiam objetos imediatos. Avaliamos, ainda, a predominância de interpretantes, pois os lógicos desencadeiam mudança de hábito. As análises apontaram que os conteúdos não levam em consideração a origem da desinformação e que predominam os sinsignos indicais dicentes para trazer mais certeza. Assim, a busca pela comprovação é como ocorre a aproximação com o objeto dinâmico. A predominância desses signos pode conduzir a interpretantes lógicos para fixação de crenças pelo método científico. Os conteúdos seguem um padrão de escrita jornalística e de patrocínio por meio das empresas do Vale do Silício, o que pode limitar a geração de interpretantes lógicos.

Sad Albuquerque de Carvalho, M. A. (2024). Jornalistas checadores de fatos e mudança de hábitos: descobertas iniciais. Anuario Electrónico De Estudios En Comunicación Social "Disertaciones", 17(2). https://doi.org/10.12804/revistas.urosario.edu.co/disertaciones/a.13995

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Santaella, L. (2005). A teoria geral do signo. Cengage Learning.

Santaella, L. (2016). The originality and relevance of Peirce’s concept of habit. In D. E. West & M. Anderson (Eds.), Consensus on Peirce’s: concept of habit before and beyond consciousness (pp. 153-170). Springer International Publishing.

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