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O artigo traça um panorama sobre dinâmicas de disputa urbana e experiências coletivas, a partir de uma reflexão sobre o caso do Parque Augusta, em São Paulo. Um terreno de propriedade privada no centro da cidade conseguiu unir as agendas de movimentos sociais de distintas ideologias com o objetivo de transformá-lo em um parque público. Depois de vários anos de apropriação por parte dos cidadãos da vizinhança, grupos ativistas intensificaram as manifestações a partir de 2013, organizando eventos e festivais artísticos no terreno. Utilizando os conceitos de “direito à cidade” e “comuns urbanos”, a análise permite descrever a trajetória do caso e identificar as contradições geradas ao longo do processo. Em termos metodológicos, a inves­tigação foi conduzida mediante narrativas, escala espacial, recorte temporal, questionamentos e conceitos. A experiência coletiva observada parece requerer um novo processo para produzir um espaço público democrático.

Cintia Elisa de Castro Marino, Universidade Nove de Julho

Doctora en Arquitectura y Urbanismo. Profesora del programa de postgrado en Planeamiento Urbano, Universidad Nove de Julho, Uninove.
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