Conteúdo do artigo principal

Autores

Reflexão de como o jornalismo narrativo promove o retorno dos mortos ao centro do discurso, recuperando seus testemunhos ou fazendo com que voltem a falar por meio de textos com inspiração literária. Para tanto, analisamos alguns exemplos que mostram o emprego dessa alternativa, ao mesmo tempo em que produzimos uma comparação profícua com obras memorialísticas ligadas aos testemunhos sobre a Segunda Guerra Mundial, sobretudo os produzidos pelo escritor Primo Levi (1919-1987), em que os mortos também ganham protagonismo. Por fim, trazemos ao debate menções à obras literárias que fazem o mesmo, tudo para mostrar as possibilidades criativas que esta estratégia narrativa —espécie de ‘invocação dos mortos’— pode ter de interessante e enriquecedora para um discurso cuja proposta é informar sobre a realidade, como o jornalismo narrativo ou literário.

Rogerio Pereira Borges, Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás)

Professor adjunto da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás). Coordenador do Observatório de Mídia da PUC Goiás. Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Meste em Estudos Literários e Linguística pela Universidade Federal de Goiás. Doutor em Comunicação e Sociedade, pela Universidade de Brasília (UnB). Autor dos livros Jornalismo Literário: Teoria e Análise (Insular, 2013) e Caminhos da Reportagem (Cânone, 2009). Um dos fundadores e atual editor-executivo do site Ermira Cultura (ermiracultura.com.br), especializado em Jornalismo Cultural
Borges, R. P., & de Castro e Silva, G. (2021). Os mortos voltaram: Estratégias memorialísticas e literárias da morte no Jornalismo Narrativo. Anuario Electrónico De Estudios En Comunicación Social "Disertaciones", 14(1). https://doi.org/10.12804/revistas.urosario.edu.co/disertaciones/a.8514

Agamben, G. (2008). O que resta de Auschwitz (trad. S. J. Assmann). Boitempo.

Alsina, M. R. (2005). A construção da notícia (trad. J. A. Pierce). Vozes.

Antelme, R. (2018). L’espèce humaine. Gallimard.

Arendt, H. (2009). Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal (trad. J. R. Siqueira). Companhia das Letras.

Aristóteles. (1997). A poética clássica (16ª ed.) (J. Bruna). Cultrix.

Assis, M. de. (2002). Memórias póstumas de Brás Cubas. L&PM.

Bakhtin, M. (2002). Questões de literatura e estética: a teoria do romance. Annablume-Hucitec.

Barcellos, C. (2003a). O abusado: o dono do Morro Dona Marta. Record.

Barcellos, C. (2003b). Rota 66: a história da polícia que mata. Record.

Borges, R. (2011). Jornalismo literário: teoria e análise. Insular.

Bulhões, M. (2007). Jornalismo e literatura em convergência. Ática.

Castro, G. de. (2010). Jornalismo literário: uma introdução. UnB-Casa das Musas.

Castro, R. (2005). Carmen. Companhia das Letras.

Certeau, M. de. (2017). A escrita da história (3ª ed.) (trad. M. L. Menezes). Forense Universitária.

Gagnebin, J. M. (2009). Lembrar escrever esquecer (2ª ed.). 34.

Ginzburg. C. (2007). O fio e os rastros (trads. R. F. d’Aguiar, E. Brandão). Companhia das Letras.

LaCapra, D. (2009). Historia y memoria después de Auschwitz. Eduntref-Prometeo.

Lemann, N. (2015). The journalism in literary journalism. Literary Journalism Studies, 7(2), 50-59.

Levi, P. (1988). É isto um homem? (trad. L. D. Re). Rocco.

Levi, P. (2004). A trégua (trad. M. Lucchesi). Planeta DeAgostini.

Levi, P. (2016). Os afogados e os sobreviventes: Os delitos. Os castigos. As penas. As impunidades (3ª ed.) (trad. L. S. Henriques). Paz & Terra.

Lima, A. A. (1990). O jornalismo como gênero literário. Edusp.

Macêdo, L. F. da. (2014). A escrita do trauma. Subversos.

Maingueneau, D. (1996). Pragmática do discurso literário (trad. M. Appenzeller). Martins Fontes.

Martinez, M. (2015). Jornalismo literário: tradição e inovação. Insular.

Morton, L. (2018). The role of imagination in literary journalism. Literary Journalism Studies, 10(1), 92-111.

Pena, F. (2006). Jornalismo literário. Contexto.

Ricoeur, P. (2007). A memória, a história, o esquecimento (trad. A. François). Unicamp.

Rosa, G. (1986). Grande sertão: veredas. Nova Fronteira.

Rulfo, J. (2008). Pedro Páramo (trad. E. Nepomuceno). Record.

Semprun, J. (2016). Le grand voyage. Gallimard.

Traquina, N. (2008). Teorias do jornalismo (vol. II) (2ª ed.). Insular.

Verissimo, E. (1991). Incidente em Antares (33ª ed.). Globo.

Verón, E. (2004). Fragmentos de um tecido (trad. V. Dresch). Unisinos.

Wiesel, E. (2017). La nuit. Minuit.

Wieviorka, A. (2013). L’ère du témoin. Plon.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.