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Este artigo centra-se na cooperação energética do Brasil durante o governo de Dilma Rousseff (2011-2016), com o objetivo de verificar a dimensão ambiental dos atos internacionais que envolvem energia firmados no período. Para tal, foi construído um banco de dados original com informações coletadas da Plataforma Concórdia e da Plataforma Enetrix (Energy Treaties Matrix). Foram considerados na análise: 1) o número, total e anual, de documentos relacionados à energia subscritos pela gestão Dilma; 2) as outras partes firmantes; 3) os recursos energéticos privilegiados; e 4) a integração de questões ambientais e de mitigação climática nos respectivos documentos. Os achados indicam que 83% dos 53 acordos mapeados incluem elementos do repertório da sustentabilidade e que uma parcela menor, 71%, faz menção às energias renováveis, o que não significa ausência de ambiguidades. A Alemanha, individualmente, foi o parceiro brasileiro de destaque no período

Thayane Queiroz Santos de Jesus, Array

Doutoranda e mestra em Relações Internacionais (RI) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Bacharela, também em RI, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fez parte, em 2017, do corpo discente internacional da Universidad de Santiago de Chile (USACH), contemplada com bolsa de intercâmbio da Asociación de Universidades Grupo Montevideo (AUGM). Participou, ainda, da Rede e Cátedra UNESCO/UNU de Economia Global e Desenvolvimento Sustentável (REGGEN), desenvolvendo pesquisas entre 2016 e 2018. Possui interesse nos seguintes temas: relações internacionais e energia; transição energética global; agenda climática; lutas por justiça socioambiental na América Latina.

Tayse Coutinho Vitcel, Universidade Federal da Paraíba

Graduada em Relações Internacionais (2019) pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Foi pesquisadora do Grupo de Estudos em Segurança Energética (GESEne) entre 2016 e 2019. Também foi Analista de Projetos na Líderi, empresa Jr. de Relações Internacionais da UFPB, em 2013 e 2014, colaborando na análise de cenários macroeconômicos.

Renan Holanda Montenegro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professor Adjunto no Departamento de Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (DRI-UERJ), onde atualmente é subchefe e coordenador da graduação. Também integra o quadro docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais (PPGRI). Bolsista do Programa de Incentivo à Produção Científica, Técnica e Artística (PROCIÊNCIA). Coordenador do Laboratório de Estudos da Ásia (LabÁsia/UERJ/CNPq). Realizou pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco (PPGCP-UFPE). Possui doutorado em Ciência Política pela UFPE (2019), com período de mobilidade na Universidade Nova de Lisboa, e mestrado em Relações Internacionais pela UERJ (2013). Foi professor nos cursos de Relações Internacionais da Universidade Federal de Sergipe (2017-2019) e da Universidade Federal da Paraíba (2019-2021). Pesquisador Associado do Centro de Estudos Avançados da UFPE e do Grupo de Estudos sobre Segurança Energética (GESEne/UFPB/CNPq). Tem interesse e desenvolve trabalhos na área de Ciência Política/Relações Internacionais, com ênfase em Economia Política Internacional e Política Externa, atuando sobretudo em temas concernentes às relações internacionais da China.

Henry Iure de Paiva Silva, Universidade Federal da Paraíba

É Professor Associado do Departamento de Relações Internacionais da Universidade Federal da Paraíba (DRI-UFPB) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política e Relações Internacionais (PPGCPRI/UFPB), com Doutorado em Ciência Política, com ênfase em Relações Internacionais (UNICAMP). Coordenador do Grupo de Estudos sobre Segurança Energética (Gesene/UFPB/CNPq). Atualmente, desenvolve pesquisas envolvendo relações internacionais e energia, especialmente, questões relativas às dimensões militares, econômicas e socioambientais da segurança energética.

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