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Este artigo analisa três aspectos do planejamento urbano na cidade de Sevilla (Espanha): o Plan General de Ordenación Urbana, o processo participativo que lhe deu origem e a incorporação do planejamento estratégico. O pgou é um instrumento próprio do planejamento urbano limi­tado à ordenação territorial dos usos e ocupações do solo, enquanto o planejamento estratégico adota tecnicalidade originária de paradigmas gerenciais da empresa privada, assume o concei­to de governança e postula articular múltiplas dimensões do desenvolvimento, notadamente econômica, social, ambiental e urbana. As normativas institucionais não estabelecem ordem hierárquica entre essas diferentes modalidades de planejamento, contudo, as ações e impactos do planejamento estratégico impõem a subordinação dos instrumentos de ordenação urbana. Os espaços participativos durante a elaboração do pgou foram implantados pelo governo local, mas essa constatação não é suficiente para inferir que tiveram status efetivamente decisório.

Jefferson Oliveira Goulart, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Professor do Departamento de Ciências Humanas e do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UNESP. Doutorado em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutorado em sociologia urbana pela Universidad Complutense de Madrid (UCM).  Líder do grupo de pesquisa Desenvolvimento Urbano Contemporâneo (GPDUC) e pesquisador do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec).

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