Confluências das dinâmicas socioterritoriais na construção de uma nova geopolítica. Cenas ao sul da Venezuela

Na Venezuela, têm se configurado novas estruturas territoriais que coexistem com os limites administrativos (paróquia, município, Estado e regiões) próprios do modelo de desenvolvimento dos anos 1960. Esta visão sofre uma transformação com a refundação do Estado em 1999 com o chamado ‘Modelo socialista de Chávez’, com processos sociopolíticos e dinâmicas territoriais que dão origem a uma nova geopolítica, elementos que analisaremos com estudos múltiplos na Região Guayana ao sul do país. Entre eles, uma região hidrográfica, um território indígena e os territórios comunais. Resgatam-se destas experiências: a confluência de intencionalidades compartilhadas para empreender ações coletivas, em que pese às distintas configurações e interpretações do território para seus atores, e a existência de uma vinculação territorial complexa e sobreposta quando se olha em conjunto. No artigo, aborda-se a construção e definição do espaço territorial como a resultante das interações dinâmicas que se dão entre as dimensões institucionais comunitárias e naturais. Pensamos que isto permite-lhe aos múltiplos atores (comunitários, técnicos, científicos e políticos) a aprendizagem, a adaptação e a coordenação para a atual lógica territorial.