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Introdução: este artigo oferece uma exploração empírica e conceitual do odontograma, um dispositivo usado diariamente na prática odontológica para avaliar o estado dental. As contribuições da " guinada ontológica" e algumas das mais recentes propostas de teorias de afeto foram tomadas como base para refletir além das concepções epistemológicas de representação. O objetivo do texto é compreender as relações materiais, corporais e afetivas colocadas em prática na formação odontológica em relação ao odontograma. Materiais e métodos: um programa de educação odontológica localizado em uma cidade de médio porte na Colômbia foi utilizado como estudo de caso, mais especificamente o que aconteceu durante as práticas clínicas e nas reuniões de professores. A análise foi baseada na noção do "momento etnográfico" proposta por Marilyn Strathern. Resultados: foram encontradas várias situações que mostram a capacidade do odontograma de articular os afetos, tais como, discutir convenções, preencher os formulários de história clínica a lápis, mover a cadeira na unidade odontológica para ver os dentes, secar com a seringa tripla, explicar as diferenças sutis entre a anatomia e a patologia e avaliar os odontogramas feitos pelos alunos. Conclusões: a relação entre a boca do paciente e o odontograma é complexa e de excesso mútuo, o que permite uma experiência mais enriquecedora dos dentes. Para finalizar, questões especulativas são deixadas em aberto sobre as possibilidades do odontograma na busca de borrar os limites entre o biológico e o social.

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