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O estudo psicológico da pobreza tem experimentado um crescimento acelerado nos últimos dez anos. Muitas pesquisastêm sido realizadas, e muitoslivros e artigostêm sido publicados em diversas áreas da psicologia. Os mais recentes achados têm sugerido que existe uma relação direta entre viver em pobreza e o desenvolvimento ou a presença de determinadas propriedades psicológicas, entre elas, diferencias individuais (rasgos de personalidade, tendência a doenças mentais, diferencias em inteligência ou habilidades particulares), diferencias no desenvolvimento da linguagem, na aquisição de novos conceitos e na motivação, entre outras variáveis. Dentre as variáveis de maior relevância para a mobilidade social têm se incluído o lócus de controle, a autoeficiência, o fato de não apresentar depressão e formar parte de redes de apoio positivas. No presente trabalho foi feita uma revisão das contribuições da psicologia à compreensão da pobreza. Foi realizado um estudo descritivo acerca da autoeficiência, o lócus de controle e a indefensão aprendida. É proposta a existência de um alto nível de desamparo nas pessoas do nível socioeconômico (NSE) baixo. Os participantes nessa pesquisa foram trinta pessoas de NSE 1 e 2, segundo o SISBEN (Sistema de classificação da Colômbia), em localidades de Bogotá (Bosa, San Cristóbal e Suba) e em municípios próximos (Anolaima e La Mesa - Cundinamarca). Foram aplicadas duas escalas: Autoeficiência geral (de Baessler e Schwarzer) e lócus de controle (de Rotter); foram realizadas entrevistas semi-estruturadas aos participantes nos seus contextos de moradia, após o contato com os líderes comunitários da região e o estabelecimento de confiança com a família. Osresultados mostram consistência com as pesquisas em outros contextos, no referente ao lócus de controle e à autoeficiência. Além disso, foi achado um alto nível de desamparo nassuas verbalizações. Foram estabelecidas outras categoriasimportantestais como a dinâmica familiar, a percepção do tempo e o planejamento que são discutidas segundo a literatura científica e as estratégias e políticas atuais de superação da pobreza no mundo. Da mesma forma, outros fatores tais como as crençasreligiosas, a percepção da política e a democracia foram considerados de importância. Os resultados são interpretados de acordo com as estratégias de superação da pobreza no mundo e do aporte da psicologia para a compreensão e mudança das atitudes, comportamentos e cognições associadas à pobreza.
Galindo, O., & Ardila, R. (2012). Psicologia e pobreza: o papel do lócus de controle, a autoeficiência e a indefensão aprendida. Avances En Psicología Latinoamericana , 30(2), 381–407. Recuperado de https://revistas.urosario.edu.co/index.php/apl/article/view/2189

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