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O pressuposto deste trabalho repousa sobre a ideia de que os “desastres naturais”, em diferentes ocasiões, mobilizam discursos em que as causalidades indicadas moldam um quadro de sentido. Reconhecendo a mídia como vetor ativo da cultura contemporânea, ao analisar uma série de artigos, busca-se acompanhar os traços de esquemas explicativos oferecidos às catástrofes ocorridas com as chuvas nos anos de 1988 e 2011, no Estado do Rio de Janeiro. Conclui-se que há expressiva ausência da problematização da vulnerabilidade social e o predomínio mais recente de medidas de preparação ou de ajustamentos, no sentido de adaptar as populações a “viver com o risco”.

Marta de Araújo Pinheiro, Escola de Comunicação (Eco), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Programa de Pós-Graduação "Comunicação e Sociedade", da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFRJ).

Doutora em Comunicação Social (ECO-UFRJ). Pós-doutora pela Sciences Po (Ceri) - Paris, onde atuou como pesquisadora visitante de 2015 a 2016. Professora associada IV, na Escola de Comunicação, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação Comunicação e Sociedade da Universidade Federal de Juiz de Fora.
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