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Analisa-se o exercício jornalístico, especificamente o papel de vigilante e o papel intervencionista, na Argentina durante o primeiro ano da pandemia da covid-19. Forma-se um universo de 5367 notícias, produzidas pelos 10 veículos de maior alcance do país. Para obter uma amostra representativa e completa do sistema de mídia, são escolhidos meios digitais, radiofônicos, televisivos e gráficos. A análise de conteúdo é realizada em três fases: i) pré-Covid-19, ii) isolamento social preventivo obrigatório e iii) distanciamento social, preventivo e obrigatório. O jornalismo argentino exerce o papel de vigilante com baixa intensidade (31 % de presença no corpus total de notícias), sem variação temporal significativa durante as três etapas mencionadas, e o papel intervencionista é praticado com intensidade média (58,7 % de presença no corpus total de notícias), também sem variação temporal significativa. A pandemia da Covid-19 não alterou a prática jornalística na Argentina. Desde o regresso da democracia em 1983, o jornalismo tem realizado uma investigação limitada do poder. Se oberva um jornalismo que se inclina à adjetivação, à interpretação e à explicação do ponto de vista.

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