“Cidade”: probabilidade emergente de um organismo vivo. Uma aproximação epistemológica à relação universidade-cidade como problema filosófico contemporâneo

Neste artigo repensa-se o conceito de “cidade” mediante uma aproximação epistemológica à relação universidade-cidade como problema filosófico contemporâneo com o propósito de identificar aqueles aspetos provenientes das teorias urbanas que permitam responder crítica e criativamente às seguintes perguntas: como repensar com rigor teórico-metodológico a relação universidade-cidade como problema filosófico contemporâneo? E como produzir, justificar e usar conhecimento para repensar o sentido e o conteúdo da relação entre os conceitos de campus universitário e do social? Em resposta à primeira pergunta abordam-se, em primeiro lugar, os conceitos de cidade moderna e de metrópole contemporânea assinalando elementos gerais da relação universidade-cidade nas origens da cidade moderna e elementos específicos dessa mesma relação nas transformações da metrópole contemporânea. Em segundo lugar, destaca-se as conotações do conceito de metrópole contemporânea, entendendo como territorialidade a aberração do sentido comum da modernidade em sua atual fase de globalização computadorizada. Em terceiro lugar, apresenta-se o conceito de campus universitário desagregado nos modelos de cidade universitária e de universidade cidadã, destacando as lógicas das territorialidades da cidade moderna e da metrópole contemporânea para mostrar a falsa dualidade existente entre tais modelos e entre tais lógicas. Como resposta à segunda pergunta apresenta-se o método da tematização metafórica, mediante cuja aplicação propõe-se: i) repensar o conceito de “cidade”, entendendo como probabilidade emergente de um organismo vivo; ii) repensar o conceito de “o social”, concebendo-o como campo relacional entre manifestações conscientes do ser em processo de totalização inacabado e iii) repensar o conceito de “região”, entendendo-o como categoria de análise espaciotemporal, territorial, jurisdicional e funcional do campo relacional do social. Finalmente, apresenta-se um novo interrogante em torno a si, desde o sentido de transcendência do intercâmbio orgânico de energia entre manifestações conscientes do ser, seja possível propor um enfoque regional para a alternatividade ao desenvolvimento desde teorias de complexidade como um passo seguinte para a alternatividade ao desenvolvimento desde teorias de complexidade como um passo seguinte a esta aproximação epistemológica da relação universidade-cidade como problema filosófico contemporâneo.