Avances en Psicología Latinoamericana
ISSN:1794-4724 | eISSN:2145-4515

Intervenções Facilitadoras do Vínculo Pais-Bebês Prematuros Internados em UTIN: uma revisão sistemática

Facilitators Interventions Bond Parents-Babies Preterm Hospitalized in NICU: a Systematic Review

Intervenciones con padres y los bebés prematuros admitidos en la UTI neonatal: una revisión sistemática

Márcia Pinheiro Schaefer, Tagma Marina Schneider Donelli

Intervenções Facilitadoras do Vínculo Pais-Bebês Prematuros Internados em UTIN: uma revisão sistemática

Avances en Psicología Latinoamericana, vol. 35, núm. 2, 2017

Universidad del Rosario

Márcia Pinheiro Schaefer *

Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Brasil


Tagma Marina Schneider Donelli **

Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Brasil




Recepção: 24 Julho 2015

Aprovação: 08 Novembro 2016

Informação adicional

Cómo citar este artículo: Schaefer, M. P., & Donelli, T. M. S. (2017). Intervenções Facilitadoras do Vínculo Pais-Bebês Prematuros Internados em UTIN: uma revisão sistemática. Avances en Psicología Latinoamericana, 35(2), 205-218. doi: https://doi.org/10.12804/revistas.urosario.edu.co/apl/a.4071

Resumo: Este estudo é uma revisão sistemática da literatura sobre intervenções facilitadoras do vínculo pais-bebê, realizadas com pais e bebês prematuros internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, publicadas nos últimos 10 anos. Utilizou-se como termos de busca “intervenções and bebês prematuros and unidade de terapia intensiva” e suas traduções para o inglês, incluindo-se artigos empíricos, disponibilizados integralmente e publicados em inglês, português ou espanhol, advindos da medicina, psicologia, enfermagem, psiquiatria ou multidisciplinares. Analisaram-se os resultados através de 10 categorias: tipos de publicação; ano de publicação; continente e país de origem do artigo; formação acadêmica dos pesquisadores; idioma predominante nas publicações; objetivos do estudo; delineamento; participantes; instrumentos e intervenções utilizados; e resultados. Encontraram-se 11 artigos, predominantemente publicados em revistas médicas, compostos por autores multidisciplinares, com delineamento quantitativo, tendo a díade mãe-bebê como participante. Não houve artigos somente de psicólogos, que compuseram dois estudos multidisciplinares, denotando a necessidade de compreensão deste fenômeno, visto que as repercussões das primeiras relações no desenvolvimento global dos indivíduos, são profundamente abordadas na psicologia.

Palavras-chave: intervenções, relação pais-bebê, unidade de cuidado intensivo neonatal, revisão sistemática.

Abstract: This study is a systematic review of the literature on facilitating interventions of the parent infant bond held with parents and premature babies hospitalized in the Neonatal Intensive Care Unit, published in the last 10 years. Search terms included “intervention and premature babies and intensive care unit” and their translations into English, including empirical articles, available in full and published in English, Portuguese or Spanish, arising from medicine, psychology, nursing, psychiatry or multidisciplinary. We analyzed the results through 10 categories: types of publication; year of publication; continent and country of origin of the article; academic researchers; predominant language in publications; the study objectives; design; participants; used tools and interventions; and results. 11 articles mainly published in medical journals were found, composed of multidisciplinary authors, quantitative design, and the mother- -infant dyad as a participants. There were no articles authored by psychologists alone, who composed two multidisciplinary studies, showing the need for understanding of this phenomenon, as the repercussions of the first links in the global development of individuals are deeply covered in psychology.

Keywords: interventions, parent-child relation, neonatal intensive care, systematic review.

Resumen: Este estudio es una revisión sistemática de la literatura acerca de intervenciones facilitadoras del vínculo padre-hijo celebrada con padres y bebés prematuros hospitalizados en Unidad de Cuidados Intensivos Neonatales, publicados en los últimos diez años. Fueron utilizados como términos de búsqueda “intervenciones and bebés prematuros and unidad de cuidados intensivos” y sus traducciones al inglés, incluyendo artículos empíricos, disponibles en su totalidad y publicados en inglés, portugués o español, que surge de la medicina, psicología, enfermería, psiquiatría o multidisciplinaria. Se analizaron los resultados por medio de diez categorías: tipos de publicación, año de publicación, continente y país de origen, investigadores académicos, idioma predominante en las publicaciones, objetivos del estudio, diseño, participantes, herramientas e intervenciones usadas, resultados. Se encontraron once artículos publicados principalmente en revistas médicas, compuestos por autores multidisciplinares, de diseño cuantitativo, y la díada madre-hijo como participante. No hubo artículos de solamente psicólogos, que compusieron dos estudios multidisciplinares, que muestra la necesidad de una comprensión de este fenómeno, ya que las repercusiones de los primeros eslabones de la evolución general de los individuos están profundamente cubiertos en psicología.

Palabras clave: intervenciones, relación padre-hijo, unidad de cuidados intensivos neonatal, revisión sistemática.

Introdução

A evolução tecnológica da Neonatologia, especialmente das Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), desencadeada a partir da década de 70, tem diminuído consideravelmente os índices de mortalidade de bebês prematuros. Ademais, as políticas de humanização e a inclusão da família no cuidado destas crianças, ampliaram o olhar dos profissionais de saúde para além da premência de sobrevivência, atualmente enfatizando as questões de morbidade e qualidade de vida (Pinto, 2009; Silva, Lamy Filho, Gama, Lamy, Pinheiro, & Silva, 2011).

No Brasil, dados do Ministério da Saúde (2011) apontam a prematuridade como a principal causa da mortalidade infantil no primeiro mês de vida, onde 70 % destas ocorrem nos primeiros 28 dias. Sendo o 10º país em número de nascidos vivos prematuros e 16º em óbitos por complicações da prematuridade, a prevalência de 11,7 % de partos prematuros em relação aos partos realizados no Brasil, torna a prematuridade um importante problema de saúde pública (Ministério da Saúde, 2011; UNICEF, 2013).

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2015), os bebês prematuros, nascidos antes de 37 semanas de gestação (biologicamente mais vulneráveis do que os nascidos a termo), apresentam uma imaturidade fisiológica decorrente da privação do ambiente uterino, que os obriga à precoce responsabilidade pelo funcionamento do subsistema autônomo, antes exercido por grande parte da placenta, que os fazem permanecer frequentemente em UTIN, para receberem cuidados especiais (Fonseca & Scochi, 2009; Ministério da Saúde, 2011). Neste contexto, inaugura-se uma nova forma de relação entre pais e recém-nascido, diferente daquela da gestação; essa, aliada ao processo de construção da parentalidade, repercutirá na formação do psiquismo da criança, influenciando no estabelecimento da base de sua identidade, da capacidade para a confiança básica e para estabelecer relações sociais (Akhtar, 2007; Cypriano & Pinto, 2011; Fonseca & Scochi, 2009).

Um recente estudo aponta que as mães de bebês prematuros apresentam uma fragilidade psíquica maior por também estarem antecipando a maternidade, sem vivenciar todas as etapas do período gestacional (Fernandes, Lamy, Morsch, Lamy Filho, & Coelho, 2011). Quando estas crianças permanecem em UTIN, as percepções maternas podem ser influenciadas negativamente por estereótipos de prematuridade e os bebês passam a serem vistos como pouco maduros, fisicamente menos potentes, menos sociáveis e com menos capacidades cognitivas (González- Serrano et al., 2012).

Assim, considerando a importância da formação de laços afetivos entre pais e filhos no contexto da prematuridade e desenvolvimento psíquico da criança, evidencia-se a necessidade de intervenções nas UTINS, que facilitem a formação desse vínculo e de um apego seguro no bebê. Através destas propostas, bebê poderá desenvolver uma sensação de confiança na disponibilidade dos pais para auxiliarem em situações adversas e temerosas (apego seguro); já aos pais, se estimulará o reconhecimento e a valorização das potencialidades de sua criança (Bowlby, 1989; Fernandes et. al., 2011; Rance, 2005). Visando aprofundar os conhecimentos sobre diferentes intervenções possíveis em UTIN, esta revisão sistemática buscou delinear um panorama acerca das pesquisas realizadas, que contemplam a temática proposta, publicadas nos últimos dez anos.

Método

Este estudo de revisão, realizado no mês de janeiro de 2015, foi motivado pela seguinte questão: qual a produção científica nacional e internacional acerca das intervenções, que visam facilitar o vínculo inicial entre pais e seus bebês prematuros realizadas em UTIN, publicada entre janeiro de 2005 a janeiro de 2015? Utilizando as palavras “intervenções and bebês prematuros and unidade de terapia intensiva neonatal”, e suas respectivas traduções para a língua inglesa, efetuou-se o levantamento bibliográfico nas seguintes bases de dados: Academic Search Complete, cinahl, Medline with full text, Scopus, Psycinfo, lilacs e Scielo. Foram escolhidas essas bases de dados devido a sua amplitude, tanto no que concerne ao volume de publicações, quanto às áreas abarcadas, já que o tema proposto abrange campos interdisciplinares, como a psicologia, a medicina e a enfermagem.

Visando uma seleção mais eficiente de artigos, foram utilizados alguns critérios de inclusão, considerando-se: (a) ser artigo científico e relacionado à pesquisa; (b) ter sido publicado no período de janeiro de 2005 a janeiro de 2015; (c) estar o material disponibilizado virtual, integral e gratuitamente; e (d) estar disponibilizado em inglês, português ou espanhol. Como critérios de exclusão, optou-se por excluir itens que: (a) estavam publicados em formato de tese, dissertação, livro, capítulo de livro, resenhas, artigos teóricos, relatos de experiência, estudos de casos e revisões sistemáticas ou de literatura; (b) não estavam relacionados a intervenções que favorecessem o vínculo entre os pais e seus bebês prematuros; ou (c) cuja intervenção não ocorresse em uma UTIN.

Para o desenvolvimento desta revisão sistemática da literatura, foram utilizadas como referência as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (Moher, Liberati, Tetzlaff, Altman, The prisma Group, 2009), que podem ser acessadas pelo http://www.prisma-statement.org/ . Na figura 1, logo abaixo, é apresentado o procedimento realizado para seleção dos itens de análise.

Fluxo do processo de levantamento e seleção dos
artigos
Figura 1
Fluxo do processo de levantamento e seleção dos artigos


Primeiramente, a busca nas bases de dados de estudos publicados em inglês, português ou espanhol resultou em 2251 artigos, todos referentes aos últimos 10 anos, de janeiro de 2005 a janeiro de 2015. Após essa investigação inicial, buscou-se selecionar os artigos a partir dos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos previamente.

Em relação ao idioma de publicação (inglês, português ou espanhol), apenas um artigo publicado em francês foi descartado; cinco estudos foram excluídos aleatoriamente por constarem em mais de uma base de dados; 21 artigos eram estritamente teóricos e não foram incluídos; e 54 estudos foram desprezados por não apresentarem resumo ou texto completo disponível. A seguir, mediante a leitura dos títulos dos materiais resultantes dessas primeiras seleções, 2084 estudos foram excluídos por não se referirem a pesquisas (relatos de experiência e estudos de casos foram descartados) e não terem apresentado como tema intervenções facilitadoras do vínculo entre pais e seus bebês prematuros internados em UTIN.

A leitura dos resumos de 86 artigos selecionados na primeira etapa do levantamento foi realizada por dois juízes independentes, a fim de assegurar melhor qualidade aos achados e diminuir possível viés. Esses apuraram 19 estudos discordantes, que foram avaliados por um terceiro juiz independente e, após consenso, foram eleitos os artigos incluídos neste estudo; ao término da aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, apurou-se 11 artigos que compuseram a presente revisão sistemática.

Resultados e discussão

Visando uma análise aprofundada da produção científica encontrada, estabeleceram-se categorias que demarcaram o exame do material, como: 1) “tipos de publicação”, considerando a natureza e a frequência de cada tipo; 2) “ano de publicação”; 3) “continente e país de origem do artigo”; 4) “formação acadêmica dos pesquisadores”; 5) “idioma de publicação”; 6) “objetivos do estudo”; 7) “delineamento”; 8) “participantes”; 9) “instrumentos e intervenções utilizados”; 10) “resultados”. Assim, seguiu-se uma análise quantitativa das categorias, buscando identificar a frequência de cada item, e qualitativa, visando apreciar o conteúdo das mesmas.

Considerando o 1), “tipo de publicação”, sua natureza e frequência, encontrou-se quatro artigos publicados em revistas da área de enfermagem, cinco em revistas da área médica, um em revista da área de nutrição e outro, em revista voltada à saúde mental, conforme figura 2. Estes dados apontam que, embora as revistas da área de enfermagem abarcassem 36 % dos estudos publicados, a área médica destacou-se, apresentando 45,5 % do total de publicações, sugerindo que há uma preferência dos pesquisadores em divulgar seus achados na última.

Demonstrativo da distribuição das publicações por área
de atuação
Figura 2
Demonstrativo da distribuição das publicações por área de atuação


A análise da categoria denominada 2) “ano de publicação”, se deu pela criação da subcategoria designada 2a) “frequência de publicações por ano”. Esta demonstrou que o ano de 2012 foi o que apresentou maior número de produções, com quatro artigos selecionados ao todo (Aguilar, Batran, Padilla, Guisado, & Gómez, 2012; Castral et al., 2012; Staniszewska et al., 2012; Tallandini & Scalembra, 2012).

Os anos de 2013 e 2009 destacaram-se a seguir, sendo registradas duas divulgações em cada ano (Chourasia, Surianarayanas, Bethou, & Bhat, 2013; Johnson et al., 2009; Kadivar & Mozafarinia, 2013; Tessier et al., 2009). Ressalta-se ainda que em 2006 (Blumenfeld & Eisenfeld, 2006), 2008 (Bredemeyer, Reid, Polverino, & Wocadlo, 2008) e 2010 (Shieh et al., 2010), encontrou-se apenas uma publicação em cada ano e nenhuma, no decorrer dos anos de 2005, 2007, 2011, 2014 e 2015, sugerindo que o tema em questão despertou maior interesse dos pesquisadores entre os anos de 2012 e 2013, como pode ser visto na figura 3.

Demonstrativo da distribuição de publicações por ano
Figura 3
Demonstrativo da distribuição de publicações por ano


Considerando-se a categoria 3) “continente e país de origem do artigo”, sobressaíram-se pesquisadores da Ásia (Índia, Irã, Taiwan, Palestina, especialmente a partir de 2012), com quatro estudos divulgados entre 2010 e 2015; a seguir, as Américas (Brasil, Estados Unidos, Canadá/Colômbia) tiveram três estudos publicados nos últimos dez anos, seguidos pela Europa e Oceania, cada continente com duas produções científicas encontradas, como aponta a figura 4. O interesse dos países asiáticos pela temática pode estar relacionado a tentativas de amenizar sequelas advindas da prematuridade, já que possuem o maior índice mundial de prematuridade (60 %), sendo a Índia o país de maior número de nascimentos prematuros (OMS, 2015). Dentre os países citados, destacam-se a Inglaterra e a Austrália, com dois artigos divulgados, perfazendo 18,5 % cada um, do total de estudos que compõem esta revisão, de acordo com a tabela 1.

Demonstrativo da distribuição de publicações por
continente
Figura 4
Demonstrativo da distribuição de publicações por continente


Tabela 1
Distribuição das publicações por país e idioma

Distribuição
das publicações por país e idioma


Quanto à categoria 4) “formação acadêmica dos pesquisadores”, encontrou-se cinco artigos realizados por equipe multidisciplinar (médicos, enfermeiros e psicólogos) (Aguilar et al., 2012; Johnson et al., 2009; Shieh et al., 2010; Staniszewska et al., 2012; Tessier et al., 2009); três efetuados exclusivamente por médicos neonatologistas ou pediatras (Blumenfeld & Eisenfeld, 2006; Chourasia et al., 2013; Kadivar & Mozafarinia, 2013) e um artigo escrito por enfermeiros (Castral et al., 2012). Não foi possível identificar a formação profissional dos autores em duas publicações, já que referiam apenas à instituição à qual pertenciam (Bredemeyer et al., 2008; Tallandini & Scalembra, 2012).

A análise da categoria intitulada 5) “idioma predominante nas publicações”, demonstrou que o inglês prevaleceu nas publicações desta revisão, tendo ocorrido em nove estudos (Blumenfeld & Eisenfeld, 2006; Bredemeyer et al., 2008; Chourasia et al., 2013; Johnson et al., 2009; Kadivar & Mozafarinia, 2013; Shieh et al., 2010; Staniszewska et al., 2012; Tallandini & Scalembra, 2012; Tessier et al., 2009). Apenas em dois artigos utilizaram- se outros idiomas, um em português (Castral et al., 2012) e outro em espanhol (Aguilar et al., 2012), conforme tabela 1, corroborando a ideia de que o inglês é uma língua universal, no que concerne à comunicação de produções científicas.

A categoria 6) “objetivos dos estudos”, apresentou uma variedade de temáticas abordadas, possibilitando discriminá-las em diferentes subcategorias para esta análise. Assim, os dados foram classificados em três subcategorias: 6a) artigos que abordaram, mas não tinham como objetivo primordial a facilitação do vínculo pais-bebê a partir da intervenção proposta; 6b) artigos que priorizaram a puericultura (aconselhamento e informação a pais sobre a criança e o funcionamento da UTIN) como facilitadora do desenvolvimento do vínculo pais-bebê, a partir da intervenção proposta; e 6c) artigos que abordaram primordialmente a facilitação do vínculo pais-bebê a partir da proposta de intervenção.

Referente à primeira subcategoria 6a, destaca-se a prevalência de temáticas que não enfocaram diretamente a facilitação do vínculo pais-bebê, mas a utilizaram como meio para atingir melhorias fisiológicas. Com cinco pesquisas divulgadas (Blumenfeld & Eisenfeld, 2006; Bredemeyer et al. 2008; Castral et al., 2012; Johnson et al., 2009; Tallandini & Scalembra, 2012), os estudos almejavam, por meio da facilitação do vínculo pais-bebê prematuro, a diminuição do choro, da irritabilidade e do estresse da criança (Castral et al., 2012; Tallandini & Scalembra, 2012).

Com o mesmo número de publicações da subcategoria anterior, destacou-se a subcategoria 6b, também com cinco estudos publicados (Aguilar et al., 2012; Bredemeyer et al., 2008; Chourasia et al., 2013; Kadivar & Mozafarinia, 2003; Shieh et al., 2010). Uma única pesquisa referia-se à subcategoria 6c, que investigou a hipótese de que o Método “Mãe Canguru”, pode criar um clima familiar positivo e benéfico ao desenvolvimento do bebê prematuro (Tessier et al., 2009).

Os dados obtidos nesta categoria (figura 5) demonstram que há um equilíbrio entre estudos que enfatizam a sobrevivência dos bebês prematuros, visando uma melhora fisiológica através das relações afetivas com os pais, e pesquisas que têm na puericultura, a principal via de estímulo à facilitação da formação de vínculos favoráveis ao desenvolvimento destes bebês. Há estudos que objetivaram verificar a eficácia do uso de música na UTIN, cantada pela mãe ou não, para proporcionar melhorias na amamentação (Blumenfeld & Eisenfeld, 2006) e na evolução neurológica (Tallandini & Scalembra, 2012).

Demonstrativo
da distribuição dos objetivos dos estudos por ano
Figura 5
Demonstrativo da distribuição dos objetivos dos estudos por ano


Outros visaram avaliar o efeito da educação parental sobre o temperamento do bebê prematuro (Bredemeyer et al., 2008) e ainda, a influência da educação para a alta, combinada sobre a confiança materna e o crescimento da criança (Shieh, 2010). Percebe-se uma tendência crescente a este último enfoque, especialmente a partir de 2010, apontando para a presença de um olhar inovador para a qualidade de vida dos bebês prematuros, coincidindo com a diminuição dos índices de mortalidade infantil, que nos últimos anos passou de 22,5 % em 2005, para 14,40 % em 2014 (IBGE, 2015; Pinto, 2009; Silva et al., 2011).

Na análise da categoria relacionada ao 7) “delineamento dos estudos”, os dados apontaram para a prevalência de pesquisas quantitativas, tendo sido encontrados 10 artigos com esta configuração, enquanto que um estudo utilizou uma abordagem qualitativa (Staniszewska et al., 2012). Dentre as quantitativas, sete usaram grupo controle (Blumenfeld & Eisenfeld, 2006; Bredemeyer et al., 2008; Johnson et al., 2009; Kadivar & Mozafarinia, 2013; Shieh et al., 2010; Tallandini & Scalembra, 2012; Tessier et al., 2009); um utilizou o modelo de pré e pós-teste (Tallandini & Scalembra, 2012) e outros três foram descritivos (Aguilar et al., 2012; Castral et al., 2012; Chourasia et al., 2013).

O interesse crescente pela qualidade de vida dos bebês prematuros observado na categoria anterior, associado ao predomínio do uso de métodos quantitativos, vem ao encontro de um estudo sobre delineamentos de pesquisa na área da saúde. Esta identificou que os assuntos valorizados neste delineamento são: qualidade de vida relacionada à saúde; e a exploração de efeitos, marcadores, redução de danos e preditores relacionados ao binômio saúde-doença (Turato, 2005); tais achados sugerem que as intervenções componentes desta revisão são tomadas como ações programadas, associadas a certos comportamentos humanos, que em ultima instância, visaram reduzir danos à saúde física dessas crianças (Turato, 2005).

Não foi encontrado nenhum artigo com delineamento misto, sugerindo que há preferência por estudos experimentais com grupo controle. Dada a complexidade destes problemas de pesquisa, que abarcam a esfera das emoções, há a necessidade do uso de delineamento misto, apropriando-se dos pontos fortes de ambas as abordagens, quantitativa e qualitativa, a fim de proporcionar uma maior compreensão dos mesmos (Creswell, 2010).

A análise da categoria 8) “participantes”, determinou a formação de duas subcategorias aqui denominadas de 8a) “díade mãe-bebê” e 8b) “tríade pai-mãe-bebê”. Dessas, destaca-se a subcategoria 8a, com sete estudos que compõem esta revisão sistemática (Aguilar et al., 2012; Blumenfeld & Eisenfeld, 2006; Castral et al., 2012, Chourasia et al., 2013; Johnson et al., 2009; Staniszewska et al., 2012; Shieh et al., 2010). No que diz respeito à subcategoria 8b, quatro artigos elegeram a tríade “pai-mãe-bebê” como participantes (Bredemeyer et al., 2008; Kadivar & Mozafarinia, 2013; Tallandini & Scalembra, 2012; Tessiet et al., 2009).

O percentual de estudos, que tiveram como participantes a díade “mãe-bebê prematuro”, sugere que a relação primária que se forma entre ambos, é o foco preponderante destas pesquisas, ainda que se considere a importância de inclusão paterna na utin. Pela impossibilidade materna de estar junto ao prematuro após o parto, caberão ao pai os primeiros contatos (Oliveira, Cardoso, & Souto, 2006); ainda assim nenhum artigo tomou como participante principal a díade “pai-bebê”, embora alguns estudos tenham sido realizados com a tríade “pai-mãe-bebê”.

Referente à apreciação da categoria 9) “instrumentos e intervenções utilizados”, os dados levantados apontaram para a utilização de uma grande variedade de instrumentos e intervenções para a realização das pesquisas. Assim, para uma análise detalhada deste item, foram criadas três subcategorias designadas 9a) “avaliação do conhecimento dos pais sobre o bebê prematuro e interação pais-bebê”; 9b) “avaliação de comportamentos clínicos, emocionais e cognitivos do bebê prematuro”; e 9c) “avaliação de quadros de estresse, ansiedade ou depressão dos pais ou do bebê prematuro”. Esta foi a forma encontrada para visualizar os indicadores de mudança mais utilizados nos estudos selecionados, já que nenhum instrumento teve sua aplicação utilizada mais de uma vez.

Neste contexto, destacou-se a subcategoria 9a, quando sete instrumentos foram adotados, sendo eles o Caring Knowledge Scale, entrevistas semiestruturadas, grupos focais, o Home Observation for Measurement of the Environment (HOME), o Knowledge of Preterm Infant Behavior (KPIB), o Mother’s Perception of Premature Birth Questionaire e o Neonatal Therapeutic Intervention Scoring System (NTISS). A seguir, sobressaiu-se a subcategoria 9b, contando com cinco diferentes medidas de avaliação, como o Neonatal Facial Coding System (NFCS), Filmagem de interação livre categorizada, a partir do Maternal Mood and Behavior during her Infant Pain Coding System (MMBIPCS), Neurobehavioral Assessment of the Preterm Infant (NAPI), Griffths Scale of Mental Development (GSMD) e o Index of Multiple Deprivation (IMD), além do monitoramento de sinais vitais mediante equipamentos próprios da UTIN (oxigenação, frequência cardíaca, temperatura e exame de sangue).

Na subcategoria 9c, utilizaram-se quatro instrumentos: a Parental Stressor Scale (PSS), o Beck Depression Inventory (BDI), o Beck Anxiety Inventory (BAI) e a Alarm Distress Baby Scale (ADBS). Os dados obtidos pela análise dessas subcategorias apontam para uma grande variedade de ferramentas adotadas para avaliar indicadores de mudança semelhantes.

O fato de nenhum instrumento ter sido utilizado por mais de um estudo desta revisão, proporcionou um enriquecimento do meio científico, à medida que possibilitou diferentes medidas sobre o mesmo fenômeno. Por outro lado, percebe-se que não se utilizou instrumentos específicos relacionados à avaliação dos processos de facilitação do vínculo pais-bebê prematuro, sugerindo que, para este fator, pode haver escassez de ferramentas apropriadas para avaliações, sendo necessários investimentos relacionados ao estudo e concepção destas.

No que diz respeito ao tipo de intervenção adotada nestes artigos, sobressaíram-se diferentes intervenções que buscavam aconselhar e informar os pais acerca do ambiente e procedimentos da UTIN, bem como sobre o bebê prematuro como o Parent Baby Interaction Programme – PBIP (Johnson et al., 2009), técnicas de aconselhamento (Chourasia et al., 2013), o Hugy Your Baby (Kadivar & Mozafarinia, 2013), Questionário dos Cuidados Centrados no Desenvolvimento - CCD (Aguilar et al., 2012), Educação para Alta (Shieh et al., 2010) e ainda, Educação Parental sobre Cuidados do Bebê em UTIN (Bredemeyer et al., 2008). O uso de música como modalidades de intervenção (Blumenfeld & Eisenfeld, 2006; Tallandini & Scalembra, 2012), o Método “Mãe Canguru” (Castral et al., 2012; Tessier et al., 2009) e programas de desenvolvimento da interação pais-bebê (Johnson et al., 2009; Staniszewska et al., 2012), ocorreram, cada uma delas, em dois estudos.

A variedade de intervenções e instrumentos utilizados nos artigos selecionados reitera os achados de uma revisão de literatura, que investigou os tipos de intervenções voltadas ao desenvolvimento do bebê prematuro. E ainda que as possibilidades aqui apontadas sejam positivas quanto à amplitude de ações em UTIN, cabe ressaltar que essa também pode ser uma limitação, à medida que o uso de múltiplas intervenções e instrumentos dificulta a determinação da eficácia e efetividade dos mesmos (Seki & Balieiro, 2009).

A investigação da categoria 10), “resultados”, abarcou uma variedade de temáticas possíveis de análise e que, agrupadas, revelaram a ênfase em dois temas distintos, derivando as subcategorias descritas como 10a) “ênfase nas condições fisiológicas do bebê prematuro”; 10b) “ênfase na puericultura”; e 10c) “ênfase nas condições ambientais”. A partir de uma análise global dos subitens, encontrou-se cinco artigos referentes à primeira subcategoria (Blumenfeld & Eisenfeld, 2006; Bredemeyer et al., 2008; Castral et al., 2012; Johnson et al., 2009; Tallandini & Scalembra, 2012); também cinco estudos relacionados à segunda subcategoria, 10b (Aguilar et al., 2012; Chourasia et al., 2013; Kadivar & Mozafarinia, 2013; Shieh et al., 2010; Staniszewska et al., 2012) e um artigo relacionado à subcategoria 10c (Tessier et al., 2009), reafirmando os dados da categoria “ objetivos” que identificou o alto índice de estudos que, por intermédio do vínculo “pais-bebê prematuro”, buscavam uma melhoria das condições físicas da criança (45,5 %).

Em uma análise mais acurada da subcategoria 10a, identificaram-se dois estudos que apontaram que as interações positivas entre os pais e seus bebês prematuros, no ambiente da utin, possibilitam uma melhora das condições fisiológicas da criança como: diminuição do tempo de choro durante exame clínico (Castral et al., 2012) e melhora no desenvolvimento neurológico (Tallandini & Scalembra, 2012). Destaca-se ainda, o fato de que três estudos não encontraram evidências significativas destas melhorias a partir das intervenções propostas: um que utilizou a intervenção PBIP (Johnson et al., 2009); outro que utilizou-se da educação dos pais para os cuidados com o bebê prematuro (Bredemeyer et al., 2008); e um terceiro, que usou a canção materna como intervenção principal (Blumenfeld & Eisenfeld, 2006).

Na análise da subcategoria 10b, foram obtidos cinco artigos que demonstraram que o diálogo estabelecido entre os pais e o corpo clínico da UTIN, seja de caráter informativo ou educativo, influencia diretamente na formação do vínculo pais-bebê, facilitando-o (Aguilar et al., 2012; Chourasia et al., 2013; Kadivar & Mozafarinia, 2013: Shieh et al., 2010; Staniszewska et al., 2012). Mediante técnicas de aconselhamento (Chourasia et al., 2013), programas educacionais a respeito dos procedimentos da unidade e sobre os cuidados com o bebê prematuro (Kadivar & Mozafarinia, 2013; Shieh et al., 2010), ou ainda procedimentos de informações acerca da importância do contato pele a pele mãe-bebê (Aguilar et al., 2012), as pesquisas tiveram como resultado, respectivamente, a diminuição do estresse parental, o aumento da confiança materna para exercer as funções de cuidadora e potencialização da amamentação.

Assim, a partir das análises descritas acima, configurou-se um panorama dos resultados encontrados nas pesquisas, que contemplaram a temática proposta, publicadas nos últimos dez anos. Na tabela 2, pode-se observar os achados que se destacaram nesta revisão sistemática.

Tabela 2
Resultado global dos principais achados

Resultado
global dos principais achados


Considerações finais

Considerando os dados obtidos a partir da análise desta revisão sistemática, observou-se que há uma variedade de intervenções passíveis de serem aplicadas no contexto de uma UTIN, que priorizam a formação do vínculo pais-bebê. Estas abrangem diferentes áreas de atuação, como a psicologia, psiquiatria, enfermagem, musicoterapia e outras, corroborando a ideia de que, ao se abordar a interação entre pais e bebês internados em uma UTIN, a melhor diretriz é a multidisciplinaridade.

Neste sentido, a maioria dos artigos que compuseram esta revisão, foram escritos por equipe multidisciplinar, totalizando 45,5 % (tabela 2), em que participaram médicos, enfermeiros e psicólogos. Este índice elevado sugere que voltar-se à investigação da detecção precoce dos fatores de risco para a evolução do desenvolvimento global dos prematuros, seja a curto ou em longo prazo, é um processo complexo, que exige interdisciplinaridade, pois comumente fatores de risco sociais e psicológicos se associam aos biológicos e estabelecem um sistema de realimentação negativa (Pinto, 2009; Valle-Trapero, Mateos, & Cuevas, 2012).

Destaca-se ainda que, embora o estudo das repercussões das relações precoces no desenvolvimento global dos indivíduos, no que concerne à psicologia seja profundamente abordado desde o advento da psicanálise, que as têm como imprescindíveis à sobrevivência psíquica, influenciando no estabelecimento da identidade, na capacidade para a confiança básica e para estabelecer relações sociais (Akhtar, 2007), somente em dois artigos se identificou a participação de pesquisadores psicólogos. Inúmeras hipóteses poderiam ser elencadas, a fim de justificar este fato como: pouca atuação de psicólogos em UTIN; intervenções ainda mais voltadas à prática clínica como apoio aos pais e familiares, ou ainda à falta de hábito em realizar pesquisas e tornar público os resultados.

Considerando, conforme tabela 2, que em 91 % das pesquisas desta revisão prevaleceu o delineamento quantitativo, pode-se supor que o mesmo tenha contribuído para a pouca participação da psicologia; esta aborda questões subjetivas do ser humano e se adapta melhor a métodos mistos ou qualitativos, no que se refere à pesquisa (Creswell, 2010; Turato, 2005). Por outro lado, a exclusão nesta revisão de artigos que não fossem pesquisas, pode também ter sido uma das limitações do estudo, deixando de apreciar relatos de experiência, ou apresentação de casos clínicos, muito característicos das produções em psicologia.

Outro dado relevante diz respeito aos objetivos dos estudos, onde 45,5 % destes, não priorizaram a facilitação do vínculo pais-bebê a partir da intervenção proposta, almejando melhorias fisiológicas e secundariamente, a formação de laços afetivos. Tal índice, aliado ao vasto número de artigos descartados (2159), sugerem que, embora se reconheça a relevância de vínculos afetivos positivos entre pais e bebês para o desenvolvimento global deste, boa parte das pesquisas ainda se ocupa com necessidades básicas de sobrevivência e prevenção de sequelas orgânicas.

Por outro lado, a escassez de artigos relacionados ao tema proposto pode ser uma limitação deste estudo, à medida que buscou investigar intervenções efetivadas apenas no ambiente da UTIN, quando ocorrem os primeiros contatos entre pais e filhos. É possível que estes contatos sejam compreendidos como precursores do tipo de vínculo que se estabelecerá entre pais e bebê prematuro, e que pesquisas com intervenções voltadas à avaliação e ao desenvolvimento destes laços afetivos sejam realizadas em período posterior à internação, considerando o caráter evolutivo dos mesmos e da própria criança.

Assim, percebe-se a necessidade de outros estudos que contemplem aspectos subjetivos que compõem o período de internação de bebês prematuros, que irão repercutir na formação de sua personalidade, assim como na experiência da parentalidade. A evolução das práticas médicas e tecnológicas de uma UTIN permite aos profissionais irem da luta pela vida e abre caminho para intervenções precoces, que visem favorecer a formação de laços afetivos entre pais e a criança, agora também na luta pela construção da vida psíquica.

Nesta nova jornada, a inserção de psicólogos pesquisadores torna-se fundamental, assim como pesquisas que utilizem variados delineamentos que contemplem a amplitude da subjetividade humana. Outros estudos poderão ser realizados, incluindo artigos que não se configurem apenas como pesquisas e que contemplem um período posterior à internação, amenizando as limitações aqui encontradas, e ampliando o campo de investigação desta revisão sistemática.

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Notas

1 Artigos marcados com * são aquele que compuseram esta revisão sistemática.

Autor notes

* Psicóloga, Mestre em Psicologia. Clínica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), especialista em Psicoterapia Psicanalítica pelo Estudos Integrados de Psicoterapia Psicanalítica (ESIPP). Correspondência Rua José Honorato dos Santos, N.º 100 apto 707, Azenha, Porto Alegre, RS, Brasil. CEp 90050-040. Correio eltrônico: marcialavarda@gmail.com

** Psicóloga, Doutora em Psicologia. Docente do Programa de Pós Graduação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

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